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O impacto dos cuidadores

O envelhecimento é uma fase da vida pelo qual todos nós esperamos vir a passar, apesar de, as mudanças corporais, físicas e psicológicas fazerem-se notar cada vez mais e isso indicar que a vida está a chegar ao fim. Mas isso também não indica que se terá de ficar parado a ver o que se resta da vida a passar à frente dos olhos. Mesmo que ser idoso, não seja sinónimo de ser doente, existem alterações naturais que fazem com que as pessoas necessitem de apoio, nesta fase especial. Actualmente são criadas estruturas e organizações que apelam à vida activa dos idosos. Mas apesar de cada vez mais se verem idosos independentes, muitos deles ficam a depender da ajuda de outras pessoas para os ajudar na sua vida diária quando chegam a uma certa idade, pois muitos já não conseguem realizar as simples tarefas do dia-a-dia.


Cuidadores: tipo, papel, impacto.


Assim, surgem os cuidadores. Estes são vistos como aquele que cuida, que presta cuidados e assistência a indivíduos que se encontram em situação de dependência, ou seja, neste caso, os idosos. É importante o cuidador saber desde o início qual o seu papel e estar preparado para disponibilizar grande parte do seu tempo para cuidar do outro. Além disso, deve estar também preparado para as dificuldades que vão surgir ao cuidar de uma pessoa, sendo que deve de estar ciente que tem a responsabilidade de tomar conta da pessoa a seu encargo e responsabilizar-se por esta, de satisfazer as suas necessidades e de sentir preocupação, interesse, consideração e afeto pela pessoa de quem cuida.


Desta forma podemos afirmar que, existem dois tipos de cuidados e cuidadores: o formal e o informal, sendo que existem subcategorias dentro destes. Apesar de exercerem o mesmo trabalho, tem estatutos e considerações diferentes na sociedade: o cuidado formal é um trabalho remunerado, executado habitualmente por profissionais, trabalhando estes em estabelecimentos como hospitais, lares, serviços de apoio domiciliário, entre outros; já o cuidado informal está ligado a familiares, amigos, e é executado na sua maioria ao domicílio, sendo um trabalho não remunerado. Os cuidadores, apesar de terem a tarefa de cuidar como profissão, remunerada ou não, necessitam de descanso na realização desta tarefa, pois isto traz uma carga física e emocional ao cuidador que se faz sentir na sua vida pessoal, social e familiar.


Assim, podemos concluir que a tarefa de cuidar não é simples, devido não só à responsabilidade que se acarreta, mas também devido ao facto de depender muito do tipo de cuidador, de idoso e da família onde este se encontra. É uma tarefa com muita responsabilidade, que exige muita dedicação e esforço por parte do cuidador, mas também é recompensada por se poder ajudar quem mais precisa e quem já passou a vida inteira a ajudar as outras pessoas nas mais variadas situações. Poderemos assim dizer que, o idoso ao ser ajudado, está apenas a ser recompensado por ter já passado por uma vida inteira.


“Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz rugas na alma.”

Bibliografia:

  • Sousa, M. M., Formação para a Prestação de Cuidados a Pessoas Idosas, (2001). Editora: Princípia.

  • Verissimo, Manuel (Coordenação)- Geriatria fundamental, Saber e Praticar, Lisboa, (2014) Editora: Lidel.



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